Revista O Empresário / Número 93 · Janeiro de 2006
Afonso Arinos era chanceler de Jânio Quadros, em 1961, quando avisou a um jornalista que o entrevistava, que estava de saída. Ia a um despacho com o presidente. O repórter pediu carona e acabou na ante-sala de Jânio. No despacho, Arinos relatou o que se passava e o presidente mandou chamar o repórter que, claro, tinha perguntas a fazer. Jânio condicionou:
- Fê-las por escrito?
- Fi-las, presidente - respondeu, estendendo-lhe o papel.
- Formas oblíquas! Observou Jânio. Aprecia-as?
- Aprecio-as, presidente...
Afonso Arinos percebeu que uma longa conversa se iniciara e foi embora.