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Publicado em: 17/01/2024

Aqueles que conseguem honrar com os pagamentos de suas empresas acabam deixando as contas da família de lado

A maioria dos microempreendedores brasileiros (69,7%) sofre com dificuldades para pagar as dívidas de seus próprios negócios, como o pagamento de fornecedores ou de colaboradores. E aqueles que conseguem honrar os compromissos de suas empresas – 29,3% dos entrevistados – acabam deixando as contas da família em segundo plano.
É o que revela a Pesquisa de Educação Financeira para Empreendedores, feita pelo Centro de Apoio aos Pequenos Empreendimentos (Ceape Brasil).

A diretora-executiva do Ceape Brasil, Claudia Cisneiros, lembra que o cenário macroeconômico brasileiro já é bastante desafiador para o empreendedor, com taxa de juros em queda, porém, ainda elevada e com a renda do consumidor comprometida. Além disso, o País também conta com impostos altos e um crescimento econômico ainda baixo.

“Mas o principal desafio é o próprio preparo do empresário. Muitas vezes, a pessoa não faz o controle das receitas e despesas e não tem conhecimento básico em finanças para tomar as decisões estratégicas que podem levar à longevidade do negócio ou ao fracasso”, explica.

O estudo ainda aponta que 38% dos empreendedores brasileiros recorrem à “reserva de emergência” do negócio em casos mais extremos, quando há gastos emergenciais ou faltam recursos para pagar alguma conta. Outros 32,2% buscam linhas de crédito ou microcrédito, enquanto 16,1% utilizam cartões de crédito e 13,6% afirmaram que pedem empréstimos a amigos ou familiares.

Para Claudia Cisneiros, isso ocorre porque os pequenos empreendedores enfrentam dificuldades para conseguir crédito no Brasil, quando recorrem às instituições financeiras tradicionais, muitas vezes, por não conseguirem provar que estão aptos a arcar com o recurso. “Por este motivo, recorrem a fontes alternativas para obtenção de recursos”, completa.
Pouco mais da metade (54,1%) tem o costume de separar as contas pessoais com as da empresa e 5,4% dos entrevistados não veem sentido nessa separação. Outros 25,2% disseram que às vezes precisam remanejar os recursos pessoais para a empresa e vice-versa, e 15,4% observaram que “fazem o que podem”, ou seja, não conseguem ter duas gestões distintas porque as contas não fecham.

Importância de separar finanças corporativas de gastos pessoais
O head de educação financeira da plataforma de gestão financeira Controlle, Leandro Benincá, destaca que a separação das finanças corporativas dos gastos pessoais é fundamental para o controle financeiro dos negócios, já que isso evita a mistura de recursos e seu uso.
“Não é incomum encontrar empresários que cometam o erro de misturá-las. Porém, a prática costuma gerar problemas de fluxo de caixa, além de afetar a prestação de contas e prejudicar as declarações de impostos e outras obrigações”, afirma.

A pesquisa do Ceape Brasil ainda demonstra uma situação preocupante envolvendo a questão do controle das receitas versus despesas. Os dados obtidos apontam que 9,1% dos empreendedores controlam tudo de cabeça, enquanto outros 7,9% dizem que não usam nenhum controle.
Dentre aqueles que buscam ter mais cuidado com seu caixa, 61,6% utilizam o caderninho para fechar as contas. Outros 14,5% usam planilhas e outros 7% se baseiam nas informações de seus contadores.

De acordo com Benincá, a ação de gerenciar o fluxo de caixa não está ligada apenas aos números, trata-se também de estratégia e controle. “É preciso ter um fluxo de caixa realista, sabendo quanto entra de recursos financeiros das atividades da empresa e quanto é destinado para cobrir os custos e despesas. Isso é fundamental para uma gestão financeira eficaz, pois serve como uma bússola que orienta as decisões estratégicas diárias, desde pagamentos de fornecedores até investimentos em expansão”, explica.

Por: Diário do Comércio
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