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Publicado em: 10/03/2018

Na semana da mulher, achamos oportuno fazer parte do debate sobre o baixo índice de mulheres nos cargos de gerentes e diretorias das empresas, bem como nas suas competências para o exercício da liderança.

Começamos sugerindo 7 razões de por que as mulheres são mais competentes para liderar as organizações do que os homens, e apresentamos a seguir alguns argumentos sobre isso.

#1 As mulheres desempenham melhor nas competências de liderança

Como diversos estudos comprovam as mulheres tem obtido melhores índices de desempenho na maioria das competências gerenciais de acordo com diversos estudos científicos. Mulheres também costumam utilizar listas de tarefas e saber negociar melhor que os homens.

#2 As mulheres são hábeis em motivar os outros

Inspirar e motivar os outros são habilidades que nem todos possuem. Mulheres são naturalmente motivadoras: são boas ouvintes, lidam melhor com as emoções e sabem energizar e acolher as pessoas. Um estudo revelou que pessoas lideradas por mulheres são mais engajadas.

#3 Elas são boas para colaborar com pessoas

É um instinto natural das mulheres unir pessoas. Elas também costumam exercer vários papéis simultaneamente no dia a dia ao mesmo tempo e sabem como é difícil ser multitarefa.

#4 As mulheres são resilientes e tem maior aptidão para lidar com adversidades

Por que enfrentou muitas discriminações, as mulheres sabem contornar melhoras as diversidades e são mais resilientes que o homem, tem mais paciência e perseverança.

#5 Elas são mais éticas

Comparadas com os homens as mulheres, de maneira geral, apresentaram, resultados superiores em pesquisas de comportamento ético, integridade e honestidade. São mais transparentes e abertas a prestação de contas.

#6 Elas desenvolvem os outros mais naturalmente

Por sua maternidade, intuição e elevada percepção as mulheres são excelentes coaches e treinadoras, facilitando o desenvolvimento de pessoas e colaboradores de sua equipe. Além disso são ótimas ouvintes ativas.

#7 As mulheres tem forte foco no autodesenvolvimento e self awareness

A primeira competência de um líder é gerenciar a si mesmo. As mulheres são leitoras e aprendizes. Estão sempre abertas interessadas em encontrar formas de melhorar continuamente suas habilidades pessoais e profissionais. Elas também tem maior autoconsciencia e controle emocional.

Os diversos estudos sobre a liderança feminina

Diversos estudos tem sido feitos para demonstrar que os estilos de liderança variam entre homens e mulheres. Um estudo divulgado na Europa no ano passado, feito com 3000 gestores, provou que o desempenho das mulheres líderes das maiores empresas FTSE100 foram superiores em diversão competências gerenciais.

Um estudo com mais de 21 mil empresas de capital aberto em 91 países divulgado em setembro pela Ernest Young descobriu que levar mais mulheres a diretoria aumenta a lucratividade da empresa. A pesquisa constatou que uma empresa com 30% de liderança feminina poderia adicionar até 6% a sua margem líquida em comparação com um negócio similar, sem líderes femininas. No final de 2017, a McKinsey publicou pesquisa semelhante em detalhes ainda maiores.

Um grande estudo foi feito por Jack Zender e Joseph Kolkman foi publicado pela Revista Harvard Business Review Online em 15 de Março de 2012. A partir de dados de 360 avaliações, foram avaliados o grau de eficácia geral das lideranças em 16 competências consagradas em 30 anos de estudos pela Harvard University. A pesquisa ouviu 7.289 líderes sobre algumas verdades sobre a liderança entre homens e mulheres. A pesquisa foi realizada em empresas e organizações públicas globais progressistas e bemsucedidas.

Os homens são a maioria dos líderes (64%), principalmente no topo da pirâmide (78%). As líderes femininas se destacam nas competências de "educação", como o desenvolvimento de outros e a construção de relacionamentos, e muitos podem colocar a integridade e se engajar no autodesenvolvimento nessa categoria também.

Mas as vantagens das mulheres não se limitavam a forças tradicionalmente femininas. De fato, em todos os níveis, mais mulheres foram classificadas por seus pares, seus chefes, seus relatórios diretos e seus outros associados como melhores líderes globais do que seus homólogos masculinos - e quanto maior o nível, maior o fosso cresce.

Especificamente, em todos os níveis, as mulheres são classificadas como melhores em 12 das 16 competências que se encaixam em liderança excepcional. E dois dos traços em que as mulheres superaram os homens ao mais alto grau - tomando iniciativa e dirigindo para obter resultados - foram há muito pensados como forças particularmente masculinas.

Como aconteceu, os homens superaram as mulheres significativamente em apenas uma competência de gestão nesta pesquisa - a capacidade de desenvolver uma perspectiva estratégica.

Entre as competências pesquisadas estavam: integridade e honestidade, resolução de problemas, foco em resultados, tomada de iniciativa, capacidade de inovação, perspectiva estratégica, comunicação poderosa, inspiração e motivação, construção de relacionamentos, desenvolvimento de pessoas, colaboração e trabalho em equipe, e gestão de mudanças.

O que logo nos inquieta no resultado é: por que não estamos envolvendo e empregando plenamente essas mulheres líderes exemplares?

Sim, a discriminação histórica é uma explicação possível. Talvez mais do real, essa discriminação é perceptiva. Quando as mulheres conversas sobre esses resultados, elas argumentam: "Precisamos trabalhar mais do que os homens para provar nossa competência". É comum respostas do tipo: "Sentimos a pressão constante para nunca cometer erros, e para provar continuamente nosso valor para a organização".


Mesmo as mulheres que estão em posições de diretoria executiva se sentem eventualmente ameaçadas por discriminação e não escondem certa paranoia com o medo de descansar em seus louros e serem dispensadas.

Os pesquisadores questionaram por que as mulheres são vistas como menos estratégicas. Segundo eles, esta é uma questão mais fácil de responder. Uma vez que mais líderes são homens, os homens ainda obtêm maior pontuação neste agregado. Mas quando sã medidos apenas homens e mulheres em alta administração em perspectiva estratégica, suas pontuações relativas são as mesmas.

Mulheres são mais ousadas e corajosas

Em outra pesquisa de 2016 , Zender e Folkman descobriram que as mulheres são líderes mais corajosa do que os homens.

Essa conclusão rompe o tradicional estereótipo que os homens tendem a ser mais ousados do que as mulheres. E numerosos estudos demonstraram que os líderes empresariais masculinos tendem a assumir mais riscos. Mas olhando através de seu banco de dados de avaliações de 360 graus de 75 mil líderes em todo o mundo, os pesquisadores concluíram que, em média, as mulheres são mais ousadas do que os homens.

As mulheres apresentaram altos índices de ousadia nos seguintes comportamentos:

• Desafiam abordagens convencionais

• Criam uma atmosfera de melhoria contínua

• Fazem tudo para alcançar metas

• Levam outros a ir além do que eles pensaram originalmente possível

• Energizam outros para assumir objetivos desafiadores

• Reconhecem rapidamente situações em que a mudança é necessária

• Tem a coragem de fazer as mudanças necessárias

Outros estudos também têm apontado que diretorias executivas que não tem mulheres tem desempenho inferior a boards que tem maior diversidade e inclusão. Para lidar com isso alguns países tem estabelecido cotas. A Índia, por exemplo, determina que as empresas de capital aberto devem ter pelo menos uma mulher na diretoria.

Mas as empresas com melhores práticas em gestão de pessoas, governança e sustentabilidade já se deram conta de que o caminho é aumentar voluntariamente o número de mulheres na liderança, sobretudo da direção executiva.

O número de mulheres na liderança no topo ainda é muito pequeno (era menos de 3% no caso dos CEOs, 14% das diretores executivas e 26% em VP, na pesquisa de Zender e Folkman).

Entretanto, tenderá a crescer nos próximos anos, sobretudo pelas políticas de responsabilidade social e inclusão de gênero. Aquelas mulheres realmente preparadas irão liderar porque têm as habilidades requeridas como determinação, comunicação, inteligência emocional e empatia. Também trazem uma nova perspectiva de olhar para um contexto que beneficiará as diversas partes interessadas da organização como um todo. Com cotas ou sem cotas, o cenário será bem diferente em uma década.

Marco Morsch
AECambuí - Associação Empresarial de Cambuí
Agência WebSide