Revista O Empresário / Número 172 · Novembro de 2012
Uma pesquisa da Robert Half traduz em números o que especialistas de recursos humanos já constataram na prática: é difícil agradar os funcionários de geração Y. Essa categoria, que engloba desde recém formados até profissionais com pouco mais de 30 anos, exige da empresa bem mais do que estabilidade e um salário no fim do mês. Por isso, acaba sendo especialmente difícil de atrair e reter.
A consultoria americana usa uma divisão clara entre as três diferentes gerações no mercado de trabalho, que têm dificuldade de conviver no dia a dia corporativo. Os “baby boomers” nasceram entre 1946 e 1964, a “geração x” vai de 1965 a 1978 e a “geração Y” que é formada pelos profissionais nascidos a partir de 1979.
Enquanto os primeiros eram tradicionalmente fiéis à empresa e não raramente permaneciam toda a carreira com um só empregador, a geração x buscou a diversificação, mas com uma dedicação quase “canina” ao trabalho para atingir o sucesso profissional.
Segundo Fábio Saad, gerente sênior da Robert Half, a geração y desafia esses dois modelos. Busca, além da recompensa financeira, também um propósito “maior” para a atividade profissional. A geração y já percebeu, na visão de Saad, que uma relação subserviente com o empregador nem sempre rende frutos. Esses profissionais são os filhos da geração x e da geração y: viram os pais serem demitidos após décadas trabalhando na mesma empresa ou então se transformarem em “workaholics” para vencer na carreira. Por isso, buscam uma nova maneira de encarar a vida profissional.