Estudo da empresa mostra que os principais responsáveis pela não obtenção de empréstimos são as restrições ao nome e o score de crédito baixo
Pesquisa realizada pela empresa de inteligência analítica Boa Vista mostra que 80% dos consumidores já tiveram problemas ao tentar solicitar crédito.
Segundo o estudo, as principais causas apontadas pelos entrevistados são: ter restrições no nome, mencionada por 51% dos respondentes; possuir score de crédito baixo (31%); não ter como comprovar renda (12%); não ter carteira assinada (4%) e não ter conta em banco (2%).
A pesquisa também verificou que nos últimos dois anos o Cadastro Positivo auxiliou 41% dos entrevistados a melhorarem sua nota de crédito (score) e reduziu, em média, 10,4% as taxas cobradas no crédito pessoal não consignado para novos tomadores de crédito.
Outros 33% dos entrevistados contaram que o Cadastro Positivo ajudou a nota de crédito a ficar na mesma faixa de classificação e 26% alegam que tiveram queda no score.
Outro ponto analisado foi o entendimento sobre o Cadastro Positivo. Em 2021, a Boa Vista constatou que aproximadamente dois terços dos consumidores afirmam saber do que se trata o Cadastro Positivo.
O conhecimento espontâneo da iniciativa cresceu nos últimos três anos, com 78% dos consumidores que afirmaram ter ciência deste banco de dados, frente aos 61% registrados em 2018.
Mas, entre as pessoas que dizem não conhecer o Cadastro Positivo, a maioria também não sabe como e onde consultar suas informações.
Cerca de 40% dos consumidores entendem que o Cadastro Positivo deve fazer com que sejam reconhecidos pelas contas pagas e não somente por dívidas. O estudo também aponta que 60% dos consumidores que conhecem o próprio score, atribuem grande importância da nota na vida financeira.
“Entendemos que o fornecimento de informações mais precisas para concessão de crédito pode proporcionar impactos positivos para a economia do país, através, por exemplo, de uma possível diminuição da taxa de juros médio e da inclusão de consumidores no mercado de crédito”, explica Flávio Calife, economista da Boa Vista.