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Publicado em: 10/10/2019

Você certamente já viu cena semelhante: a fila é longa, o tempo é curto, mas uma pessoa idosa aproveita o atendimento em uma farmácia, banco, loja, padaria etc. para bater papo. Isso acontece porque o comércio, muitas vezes, é o último ambiente de socialização que resta a septuagenários e octogenários.

Temos de aprender a conviver e a respeitar esta realidade. Afinal, amanhã ou depois, talvez estejamos conversando alegremente nestes locais, enquanto jovens irritados esperarão na fila.

O envelhecimento da população brasileira é rápido e até surpreendente, no tal “país do futuro”, em que, por séculos, tivemos muito mais jovens do que pessoas acima de 60 anos.

Segundo a consultoria SeniorLab, esta segunda-feira (7) foi o dia em que o número de idosos ultrapassou o de crianças e adolescentes de zero a 14 anos no Rio Grande do Sul. O que deverá ocorrer com o Brasil todo em 2030.

Sim, estamos falando em consumo enquanto ainda nem saímos do lodo econômico. De 2014 para cá, tivemos dois anos de queda do Produto Interno Bruto (PIB), um de estabilidade, e dois com avanço em torno de 1%. Mais de 12 milhões de brasileiros continuam desempregados, e acima de 41% da população ocupada está na informalidade.

Não haverá recuperação econômica que não abranja este crescente mercado de pessoas mais velhas, muitas delas aposentadas. Mas que continuam sendo tratadas com descaso ou, no mínimo, com atenção insuficiente.

Por exemplo: muitos fãs compram palavras cruzadas com ‘letrão’ para facilitar a leitura. Rótulos e embalagens de produtos alimentícios e de higiene e limpeza, porém, não costumam ter letras e números maiores. E as informações nutricionais, fundamentais à saúde, especialmente para quem tenha doenças crônicas, são pouco esclarecedoras para um leigo.

Ao menos há uma boa notícia: a Câmara Municipal do Rio de Janeiro aprovou projeto de lei que obriga os supermercados a oferecer lupas aos clientes que não consigam ler os rótulos dos produtos.

O conforto e a segurança também não estimulam o idoso a consumir. Geralmente, os pisos não são antiderrapantes, algo fundamental para quem tem de evitar, ao máximo, quedas e fraturas. Além disso, quantos bancos, cadeiras e poltronas há nos supermercados, shoppings e em grandes lojas para descanso de quem, naturalmente, sofre mais ao ficar em pé por várias horas?

Shopping têm áreas especiais para que as mães possam cuidar de seus bebês. Por que não criar espaços para que os idosos possam descansar, tomar seus medicamentos, beber água ou um café enquanto esperam filhos e netos fazer compras prolongadas?

Atenção aos idosos e respeito à diversidade, além de atitudes que se alinham aos valores e direitos mais fundamentais, quem diria, serão cada vez mais essenciais para que empreendedores se mantenham em pé no mundo dos negócios.

Maria Inês Dolci
Advogada especialista em direitos do consumidor, foi coordenadora da Proteste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor).
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