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Publicado em: 21/07/2018

Leonardo da Vinci é conhecido por sua atuação e talento nos mais diversos campos. Durante sua vida, foi cientista, inventor, anatomista, matemático, engenheiro, pintor, escultor, arquiteto, botânico, poeta e música. Ele foi o autor de obras renomadas como a “Mona Lisa” (1503 – 1506), “A Última Ceia” (1493-1498) e do estudo de proporções anatômicas, o “Homem Vitruviano” (cerca de 1487).

Fato menos conhecido sobre Da Vinci é que a ele é atribuído o primeiro currículo do mundo.

Em 1482, quando tinha 30 anos, o artista queria trabalhar em Milão – construindo pontes, máquinas, esculturas, trincheiras – o que a cidade precisasse. Por isso, escreveu um documento (em latim) em que descreve suas habilidades e como poderiam ser úteis, e entregou ao Duque de Milão na época, Ludovico Sforza.

Embora seja um documento redigido centenas de anos atrás, reforça lições valiosas para quem prepara seu currículo hoje em dia.

Confira a tradução do Na Prática do currículo de Leonardo da Vinci, a partir do inglês (confira aqui):

“Senhor Ilustre,

Tendo agora considerado suficientemente os espécimes de todos aqueles que se proclamam habilidosos inventores de instrumentos de guerra, e que a invenção e operação dos ditos instrumentos não são nada diferentes daquelas de uso comum: esforçar-me-ei, sem prejuízo de ninguém mais, para me explicar à Vossa Excelência, mostrando ao senhorio o meu segredo, e depois oferecendo-lhes para o melhor prazer e aprovação para trabalhar com efeito em momentos oportunos em todas as coisas que, em parte, serão brevemente mencionadas abaixo.

1. Eu tenho algumas pontes extremamente leves e fortes, adaptadas para serem mais facilmente transportadas, e com elas você pode perseguir, e a qualquer momento fugir do inimigo; e outras, seguras e indestrutíveis pelo fogo e pela batalha, fáceis e convenientes de levantar e posicionar. Também tenho métodos para queimar e destruir as pontes dos inimigos.

2. Eu sei como, quando um lugar é cercado, tirar a água das trincheiras, e fazer infinitas variedades de pontes, e caminhos e escadas cobertas, e outras máquinas para tais diligências.

3. Se, em razão da altura dos bancos, ou da força do lugar e de sua posição, é impossível, ao sitiar um lugar, aproveitar-se do plano de bombardeio, tenho métodos para destruir qualquer pedra ou fortaleza, mesmo que fundada em uma rocha, etc.

4. Novamente, tenho tipos de morteiros; mais convenientes e fáceis de transportar; e com estes posso atirar pequenas pedras quase semelhante a uma tempestade; e com a fumaça destes causar grande terror ao inimigo, para seu grande dano e confusão.

5. E se a luta for no mar eu tenho vários tipos de máquinas mais eficientes para ataque e defesa; e embarcações que resistirão ao ataque dos maiores canhões e pó e fumaça.

6. Eu tenho meios, por minas e caminhos secretos e tortuosos, feitos sem ruído, de chegar a um local designado, mesmo que seja necessário passar sob uma trincheira ou um rio.

7. Farei carros cobertos, seguros e inatacáveis, os quais, entrando no inimigo com sua artilharia, não há um corpo de homens tão grande, a artilharia os quebraria. E por trás disso, a infantaria poderia seguir sem ferimentos e sem qualquer impedimento.

8. Em caso de necessidade eu farei grandes armas, morteiros e artefatos leves de formas bonitas e úteis, fora dos tipos comuns.

9. Onde a operação de bombardeio pode falhar, eu inventaria catapultas, manganels, trabocchi e outras máquinas de eficácia maravilhosa e não de uso comum. E, em suma, de acordo com a variedade dos casos, posso inventar vários e infinitos meios de ataque e defesa.

10. Em tempos de paz acredito que posso dar perfeita satisfação e igual a qualquer outro na arquitetura e na composição dos edifícios públicos e privados; e em guiar a água de um lugar para outro.

11. Posso fazer escultura em mármore, bronze ou barro, e também posso fazer qualquer coisa em pintura, assim como qualquer outro, seja ele quem for.

Novamente, o cavalo de bronze pode ser levado na mão, que é para ser para a glória imortal e honra eterna do príncipe seu pai de feliz memória, e da ilustre casa de Sforza.E se qualquer uma das coisas acima mencionadas parece impossível ou não praticável, estou mais preparado para fazer o experimento em seu parque, ou em qualquer lugar que possa agradar a sua Excelência – a quem eu me dirigo com a maior humildade, etc.”

O documento funcionou para o fim pretendido. Sforza trouxe da Vinci à cidade de Milão, onde o artista ficou por 17 anos e fez boa parte dos seus trabalhos mais reconhecidos – como a pintura “A Última Ceia”.

1. Mais “o que eu posso fazer por você” e menos “o que já fiz”

Quando mandou seu currículo para o Duque de Milão, da Vinci já tinha em sua conta vários feitos impressionantes, como ter pintado o retábulo da Capela de São Bernardo e ser um mestre qualificado no Grêmio de São Lucas.

Porém, ele escolheu não colocar essas e outras realizações. O motivo é simples: elas não serviriam a Sforza, para quem o documento era direcionado. Editando sua trajetória – e não apontando tudo que já havia feito – tirou o foco de si e mostrou o que poderia fazer pelo Duque.

Embora o formato atual siga certos padrões, é interessante pensar no currículo como um registro que deve ser personalizado de acordo com cada vaga e empresa. Principalmente, seções como a de objetivo e de experiências.

Lembre-se: o currículo precisa mostrar como você pode servir – o que tem a oferecer como profissional – e como se encaixaria na posição desejada. Não precisa ir tão longe quanto da Vinci (que se direciona diretamente a Sforza, por exemplo), mas vale lembrar a importância de adequar o seu currículo. Na hora de fazê-lo, pense em como demonstrar que você seria útil e indispensável em tal vaga.

2. Ilustrar com exemplos (ou ofereça uma amostra!)

Da mesma forma, aqui não é preciso levar a ferro e fogo, mas o fato de da Vinci ilustrar o que pode fazer deu mais força ao seu currículo.

Quando citar alguma habilidade característica, exemplifique com momentos em que a colocou em uso e como ela influenciou nos resultados. Isso não só vale com experiências profissionais, mas com outras vivências.

Da Vinci foi além e ainda se ofereceu para demonstrar as habilidades que afirmou ter pessoalmente.

Não é uma dica necessariamente voltada para o currículo, mas durante um processo seletivo, pense em como poderia dar uma amostra das suas competências e mencione isso. Mesmo que o recrutador não aceite a oferta, a sua atitude definitivamente vai te destacar em relação aos outros candidatos.

3. Demonstração de iniciativa

Como artista, cientista, e muitas outras coisas, é difícil imaginar que da Vinci teria algum problema em conseguir um emprego. Mesmo assim ele não esperou uma oportunidade se apresentar.

Apesar de extremamente talentoso, quando quis trabalhar em Milão, foi atrás de quem poderia tomar essa decisão (o Duque) de forma humilde e clara.

O ato inspira: existe alguma empresa ou alguém com quem você gostaria muito de trabalhar? Que tal planejar (e realizar) uma iniciativa específica?



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