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Publicado em: 15/05/2018

O sonho de qualquer mãe é ter filhos bem sucedidos financeiramente. Entretanto, a maioria dos pais não teve uma educação financeira, e as falhas são inconscientemente transmitidas seguindo o ciclo que o compositor Renato Russo menciona em “Pais e filhos”: “O que você vai ser; Quando você crescer”.

A forma como lidamos com o dinheiro tem raízes na família. As crianças absorvem por meio da observação dos pais. A repetição desses atos leva a resultados muitas vezes desejados.

Como destaca o renomado autor Harv Eker no livro “Os Segredos da Mente Milionária”:

“sua programação conduz aos seus pensamentos; seus pensamentos conduzem aos seus sentimentos; seus sentimentos conduzem às suas ações; suas ações conduzem aos seus resultados.”

Discuto a seguir alguns ensinamentos comuns dos pais que podem ter efeitos adversos, pois nosso subconsciente nem sempre age conforme a razão. De fato, como Harv ensina:

“quando o subconsciente tem que optar entre a lógica e as emoções profundamente enraizadas, as emoções quase sempre vencem”.

1- Dinheiro não é sujo

Várias crianças crescem ouvindo a sentença: “solte esse dinheiro que é sujo”. As crianças crescem com essa mentalidade e criam aversão a lidar com dinheiro.

É importante que a mãe desenvolva nos filhos a intimidade com dinheiro e os ensine a lidar com ele dando exemplo.

As crianças aprendem por meio da observação e repetição. Sempre que for comprar algo para o filho e o pagamento for na frente dele, dê preferência ao pagamento com dinheiro e faça com que ele pague. Na hora do pagamento, dê o dinheiro na mão dele, peça para ele contar e pagar.

Evite a utilização do cartão na frente deles. O cartão reflete a ideia de ausência de limite e a não necessidade de dinheiro para se comprar algo. Ou seja, desenvolverá nos filhos o hábito do endividamento ilimitado.

2- Nunca dê um “porquinho” para seu filho

Qual criança nunca ganhou um cofrinho com formato de porquinho. Normalmente esse ato é alardeado como forma de ensinar os filhos a darem os primeiros passos no ato da poupança. Entretanto, esse “porquinho” cria pelo menos dois vieses comportamentais nocivos ao sucesso financeiro.

O ato de adiar o consumo deve ser premiado com um ganho para que no futuro se possa consumir mais. Para que isso seja verdade, o rendimento das economias precisa ser superior à inflação. Entretanto, com o cofrinho, a criança aprende na prática justamente o contrário.

Quando ela quebra o cofre, depois de meses de privação, percebe que o valor do dinheiro é menor que o inicial, pois a inflação já corroeu parte dele. Ou seja, acabou de aprender que poupar, além de ser desprazeroso pela privação do consumo imediato, não traz benefício no futuro.

O “porquinho” também gera o hábito de se consumir toda a economia de forma periódica e limita a capacidade de formação de um patrimônio que trabalhe para seu filho. A maioria dos adultos repete o hábito de começar uma poupança, mas assim que atingem um determinado valor, “quebram o porquinho”, e despendem todo o montante guardado. Muitas vezes, em um bem que não gera mais riqueza, mas que se transforma em um passivo, por exemplo, um novo automóvel. Logo, nunca conseguem acumular um patrimônio.

Ensine seu filho sobre as aplicações financeiras. Se você ainda não sabe, aprenda, pois é seu dever ensinar com o exemplo. Separe uma aplicação exclusiva para ele. Pode ser um VGBL, um fundo de investimento, ou mesmo um título público no site do Tesouro Direto.

Desenvolva no filho o hábito de monitorar o investimento periodicamente. Assim, ele aprenderá que guardando, terá mais no futuro e esse hábito não tem limites físicos, ou seja, o “porquinho” é ilimitado.

3 – A vida não é dura

Normalmente os pais ensinam os filhos que a vida é dura. Os filhos se programam para ter uma vida árdua e desenvolvem essa crença.

Como ensinam os pesquisadores comportamentais, toda crença é auto realizável. Portanto, os filhos acabam trabalhando contra eles próprios para não correrem o risco da desaprovação da mãe. Quando obtém algum sucesso financeiro, gastam toda a riqueza, pois se ficassem ricos, poderiam não ter a aprovação da mãe que os ensinou que o contrário era o que deveria ocorrer.

4 – Não guarde dinheiro para os dias difíceis

Como menciona Paulo Vieira em “Fator de Enriquecimento”, quando ensinam guardar para os dias difíceis, os pais estão levando os filhos para uma armadilha:

“Quando você toma a decisão de guardar dinheiro para os dias difíceis, está, em primeiro lugar, dizendo para seu cérebro que os dias difíceis virão. A segunda mensagem subliminar é que você precisará desse dinheiro guardado para gastar nesses dias difíceis.”

Portanto, ao criar essa mentalidade em seus filhos, eles trabalharão para sempre construir dias difíceis para então satisfazer o desejo do consumo que é natural e irresistível. E toda a reserva financeira para formação de independência financeira será perdida.

5 – A oportunidade nunca vai aparecer, você precisa criar

De forma comum os pais ensinam aos filhos para trabalharem duro, pois a oportunidade vai aparecer. Assim, muitos passam a vida trabalhando duro e planejando empreendimentos, que nunca saem do papel, esperando que a oportunidade chegue. E ao final da vida, lamentam-se que não atingiram o sucesso financeiro, pois não tiveram sorte da oportunidade bater em suas portas.

As oportunidades não surgem. Elas precisam ser desenvolvidas. O planejamento e trabalho embora importantes não geram oportunidades se não houver ação.

Desenvolva a mentalidade de riqueza nos seus filhos. Não confunda, isso não quer dizer criar filhos esnobes tendo o que quiserem, mas criando neles a mentalidade de que podem ter o que quiserem se lutarem por isso.

*Michael Viriato é professor de finanças do Insper e sócio fundador da Casa do Investidor.
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