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Comportamento.



Publicado em: 16/02/2022

Parece que a vida se tornou uma realidade imediata e seu caráter processual ficou “perdido no tempo”. O fator "tempo" e a velocidade das mudanças estão afetando nossa forma de viver e nosso modo de se relacionar. Para onde vamos?

Vivemos num rítmo acelerado. Aqueles que acreditam que serão completos fracassados se não acompanharem as mudanças vivem afoitos para se manterem atualizados e serem o fruto dessas mudanças. Muitos jovens estão (presente) preocupados com “o que serão” e com “o como estarão” (futuro).

O tempo está em nosso favor, e não nós a favor dele. "Correr contra o tempo" nos deixa angustiados e ansiosos. É melhor resignificarmos, agora, essa relação e conhecer mais a respeito da nossa pressa diária e do modo como vivemos a nossa relação com o tempo.
As tecnologias e a modernidade romperam com a relação espaço-tempo. Podemos nos comunicar, decidir e influenciar o mundo inteiro sem sair de casa. Mas, parece-nos não haver tempo para se pensar no tempo. O tempo da espera se tornou escasso, e vivemos o tempo da pressa. O tempo de quem não tem tempo para nada, nem tempo a perder.

O termômetro do bem-viver ou simplesmente de se viver bem passou a ser a intensidade com que buscamos realizar os nossos sonhos e desejos. É uma questão de velocidade. Não se admite não ter chegado à conquista tão rápido quanto se esperava, não se admite não ter o “grande amor” antes de “x” anos, não se admite não ter o emprego dos sonhos... O tempo virou uma variante que nos empurra para maiores cobranças e a busca mais veloz de resultados, conquistas e, principalmente, felicidade. Precisamos ser felizes HOJE! Precisamos estar bonitos HOJE, precisamos realizar este sonho HOJE. Mas o hoje talvez não seja o seu tempo. Lembrando Renato Russo: “Não temos tempo a perder. Mas temos todo o tempo do mundo. Temos o nosso próprio tempo.” É necessário cuidado para entender o tempo das coisas. A pressa é inimiga porque as coisas chegam em “seu tempo”. Mas não temos tempo a perder! E isso não significa pressa, significa que precisamos caminhar, ir atrás, buscar, empenhar-se. Mas sem a pressa desesperadora de achar que tudo deve chegar HOJE.

A vida é breve, mas nós temos “todo o tempo do mundo”. O amigo tempo é vingativo, e aqueles que não o chamarem para suas escolhas terão que lidar com as consequências dessas escolhas. É preciso sair das sombras do imediatismo e da sensação de que o tempo nunca está em nosso favor para viver a tranquilidade que a vida merece. Mas não é fácil! A velocidade das mudanças nos empurra a viver a fugacidade do tempo presente e a compreender que não temos mais “tempo para nada”. Não podemos nos deixar adoecer em decorrência dos processos de mudança e da pressão que exercem sobre nós.

Trocar e receber informação, manter-se atualizado e bem informado e corresponder às alucinantes transformações sociais e culturais se tornaram um alvo a ser perseguido. Essa vida nos traz a necessidade da pressa e nos leva à importância da paciência. As repercussões são tanto para aqueles que conseguem “seguir” o tempo quanto para aqueles que “ficam para trás”.

A paciência é a base da concentração e do foco. O acelerado ritmo de vida nos leva a um acelerado ritmo de pensamento. Parece-me que a vida se tornou uma realidade imediata e seu caráter processual ficou “perdido no tempo”. Não dá para esperar o processo, precisa ser agora! Quem suporta ficar em fila? Acabou a paciência em nome da pressa. Comemos mais rápido.
Tornamo-nos uma geração fast food porque queremos tudo rápido e pronto. A pressa nos torna mais virtuais que reais. E – vejam - afeta todas as dimensões de nossa vida. Olhe para as rotinas familiares, nossa forma de alimentação e nossa relação com os amigos e amigas (em sua quase totalidade virtual) e será perceptivel as "mudanças".

Comece a entender que a generalização dos casos de transtorno de ansiedade podem estar relacionados a esse ritmo de vida. E sem perceber, nós vamos aderindo, mudando nossos comportamentos, nos adoecendo... e a última coisa que fazemos é de fato aproveitar a nossa vida. Fazemos tudo em nome de viver intensamente cada momento e aproveitar cada segundo (não há tempo a perder) e acabamos perdendo a chance de realmente viver os momentos. É uma contradição. Mas nossa vida, nesse ritmo, se tornou uma contradição constante. Vamos a um teatro e ficamos mais preocupados em gravar um vídeo ou tirar fotos do que apreciar o momento. É melhor comunicar aos outros que estamos vivendo o que há de melhor e intensamente, do que propriamente apreciar a vida simples.

Nossa grande preocupação em realizar tudo hoje não está no presente, mas no futuro. As mudanças que nos preocupam são as relações que criamos de nossa vida com o futuro. Então, que fique como lição que o presente precisa de atenção. Precisamos viver com menos pressa e mais paciência, reconhecendo o caráter processual da vida e das relações. Não queira uma vida fast food, não queira uma vida de ansiedade. Queira apenas viver a intensidade da vida presente, e não a velocidade das mudanças. Temos todo o tempo do mundo. Temos o nosso próprio tempo. Viver, amar e ser feliz não são coisas do acaso, nem imediatas. É preciso aprender, é preciso aprimorar nossas habilidades para realizá-los. E aprender é um processo que, como todo processo, exige tempo.

Por: Administradores


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