A felicidade desperta mais inveja que a riqueza” e com o tempo a gente aprende: a alegria incomoda. E desperta desejos…
Não é pecado ser feliz. Não há nada de errado em irradiar alegria. O perigo é usar isso para alimentar o ego. Felicidade e ego não combinam e é aí que muita gente se dá mal.
Felicidade é bênção! Mas quando te enganas colocando-a num pedestal e te inflas por possuí-lo, ela deixa de ser dádiva. Passa a ser instrumento da tua vaidade e atiça a cobiça.
Não precisamos ser publicitários do nosso bem-estar. Não é preciso estardalhaço para mostrar ao mundo nossa vitória contra a solidão, contra a baixa estima, contra o tédio.
Ninguém é cem por cento feliz ou tem a vida perfeita, como nos comerciais de margarina.
É fácil vestir um personagem e mostrar a perfeição, mas aprendi que quem tem certeza de que é possuidor de riquezas não mostra por aí. Não precisas postar no Facebook, nem viver de aparências. Se não desejas inveja à tua volta, permite-me um conselho: Cuida dos teus canteiros com humildade.
Exercita o encantamento do agricultor que se maravilha com o desabrochar da roseira, mas não tenta esconder os espinhos nem as pragas.
Presta atenção à tua volta. Não precisas de bajuladores, de um milhão de amigos que reafirmem quem és. O importante é ter poucos e bons afetos, aquela turma que sabe do teu sabor, das tuas lutas diárias e vitórias merecidas.
Gosto de gente sem agrotóxico. Que não tem vergonha da sua casca “mais ou menos” e perdoa-se pelas pragas. Que não tem medo de expor suas fragilidades do mesmo modo que se vangloria de suas virtudes.
Gente que não se infla para parecer maior do que é. Gente que se humaniza e se aproxima de mim. Que não faz alarde da sua felicidade, mas valoriza o que vale a pena…
Por: Fabiola simões (Adaptado)
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