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Vida saudável



Publicado em: 20/08/2015

Pode parecer estranho acordar e logo começar a conversar consigo mesmo, repetindo frases como “Meus braços e pernas estão pesados. Meus braços e pernas estão aquecidos. Meu coração está calmo e batendo normalmente”.

Mas este é exatamente o tipo de pensamentos enunciados pelas pessoas que praticam o treinamento autógeno – uma terapia de auto-sugestão que, acredita-se, reduz o estresse e melhora a concentração.

Em sessões de 15 minutos ou menos, o praticante segue uma espécie de roteiro, mentalizando diferentes partes do corpo e instruindo músculos – como os do pescoço, dos braços e das pernas – a relaxar e se reoxigenar.

Especialistas acreditam que quem se dedica à terapia regularmente por longos períodos de tempo consegue entrar em relaxamento profundo ao se concentrar em alguma parte do corpo e repetindo uma das frases.

Katja Engelskirchen, ex-executiva que procurou o treinamento autógeno após uma crise e hoje dá aulas da terapia nos arredores de Frankfurt, na Alemanha, recomenda o método para pessoas que estão procurando maneiras de contrabalançar o estresse psicológico, espantar preocupações ou ter mais controle sobre uma vida sobrecarregada.

O treinamento autógeno foi criado nos anos 1930 por Johannes Heinrich Schultz, psiquiatra alemão que estudou hipnose clínica e técnicas de meditação oriental.
Leia mais: Trabalhar muitas horas aumenta risco de derrame, diz estudo.

Segundo especialistas, a terapia ajuda as pessoas a relaxar profundamente em um curto período de tempo porque elas se condicionam a responder a suas próprias instruções verbais.

Na Alemanha, o método é tão popular que suas primeiras noções já são ensinadas a crianças em idade pré-escolar.

Fácil de fazer

Uma das vantagens do treinamento autógeno é que os exercícios podem ser feitos na mesa de trabalho, em algum canto tranquilo do escritório ou até no carro.
Konstanze, uma adepta do método que mora em Frankfurt e que preferiu não revelar seu sobrenome, conta que faz a prática várias vezes por semana desde a adolescência.

“Aos 16 anos, eu tinha dificuldade para respirar quando fazia educação física, e os médicos me recomendaram a técnica”, lembra. “No início, parecia uma grande bobagem. Mas aos poucos fui percebendo as diferenças. Hoje, quando pratico os exercícios, me sinto muito mais relaxada e com energia de sobra.”

Para Konstanze, outra enorme vantagem do treinamento é conseguir se desligar totalmente do trabalho quando não está no escritório. “Esse método nos ajuda a cortar o intenso fluxo de pensamentos e preocupações ao levar a mente a se concentrar em algo banal, como os dedos dos pés”, explica.

‘Enorme potencial de cura’

Else Müller, especialista em prevenção do estresse, acredita que ter “a cabeça cheia” é algo que se tornou parte do cotidiano e que o estresse se tornou um grande problema de saúde pública.

Para especialista em prevenção do estresse, método tem grande potencial de cura

Autora de 17 livros sobre técnicas de relaxamento e consultora em empresas multinacionais, Müller desenvolveu sua própria versão das técnicas de Schulz, “modernizando” o treinamento autógeno e tornando-o mais fácil de ser aprendido.

Seu método, chamado de Treinamento Autógeno Inovador (IAT, na sigla em inglês), difere da abordagem de Schulz porque combina visualização com as frases de auto-sugestão. Por exemplo, se alguém quer se sentir mais aquecido, basta evocar a imagem do sol; ou se o objetivo é se acalmar, a pessoa pode imaginar nuvens levando suas preocupações para longe.

“Temos um enorme potencial para curarmos a nós mesmos. Só precisamos aprender a abrir o caminho para essa mentalização e utilizá-la”, afirma Müller.

Terapia polêmica

Mas nem todos os especialistas em carreira estão convencidos de que o treinamento autógeno funciona. Para Isabel Bommer, palestrante motivacional e consultora de executivos, as técnicas meditativas não dão ao corpo a total liberdade para responder com sua sabedoria interna.

“Todos os sentimentos são refletidos fisicamente, e se você os direciona com um excesso de exercícios meditativos, corre o risco de não experimentar suas próprias emoções”, afirma ela. “Os sentimentos querem ser sentidos. Seu corpo sabe como liberar a tensão. Ele não precisa ser direcionado como acontece no treinamento autógeno.”

Ainda assim, pesquisas acadêmicas independentes comprovaram que o método alemão pode melhorar o desempenho profissional de quem o adota. Helen Gibbons, psicóloga e fundadora do Instituto de Treinamento Autógeno, na Austrália, cita um estudo da Nasa que indicou que a terapia pode melhorar a reação de pilotos em situações de emergência.

Em um artigo intitulado The 6 Hour Solution to Work Stress (“Como combater o estresse do trabalho em seis horas”, em tradução livre), Gibbons argumenta que os benefícios do treinamento autógeno puderam ser medidos em pacientes através de exames neurológicos e cardiovasculares.

Para ela, aprender a regular as reações psicológicas e fisiológicas do corpo pode criar mudanças profundas que melhoram a saúde e o desempenho profissional.
Por isso, da próxima vez que escutar um colega do escritório conversando com seus braços e pernas, não o julgue. Ele pode se tornar o seu próximo chefe.


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