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Publicado em: 27/07/2011

Os tempos mudaram. Antes, avós eram patriarcas da família, donos da verdade e da razão, mas ficavam na retaguarda, observando. Hoje, com o aumento da qualidade e da expectativa de vida e o advento das novas tecnologias e conceitos, eles cumprem um papel mais ativo. Pais e avós precisam definir bem suas funções na educação dos filhos e netos para não confundirem as autoridades e participarem da melhor forma possível na educação deles. E para comemorar o dia dos avós, 26 de julho, conversamos com um verdadeiro especialista no assunto.

O papel dos avós mudou no mundo contemporâneo, é o que acredita Leonardo Posternak, pediatra e escritor, vencedor do prêmio Jabuti, e um dos autores do “Livro dos Avós: na casa dos avós é sempre domingo?”, juntamente com Lidia Arantangy. Para ele “os avós atuais já foram pais há muito tempo. Pais dos pais do neto.

O que é importante é que o diálogo com os filhos não deve mais ser de pai para filho, mas de pai para pai quando o neto nasce. Os avós atuais precisam aprender a respeitar os modelos de criação. A sociedade mudou desde a época em que eles foram pais para a que os filhos foram pais. O papel se remete à estar perto dos filhos, conversar com eles”.

Em uma frase, Leonardo e Lidia resumem a nova posição que avôs e avós assumiram na sociedade atual: “A velhice não é apenas um evento cronológico é, sobretudo, social”. “Nessa frase, o que está resumido é que, há 200 anos uma pessoa com 45 de idade era velha, já que a sobrevida era mais curta. Hoje, aos 70, eles ainda trabalham, vão à academia, saem à noite. A sociedade vê a pessoa idosa e como ela se vê. Podem ter velhos de 30 anos e jovens de 70. Tudo depende da posição em que ela se coloca no mundo”, explica ele.

Mas será que mudou tanto assim o papel dos patriarcas na família? “Na época de meus avós, há 60 anos, as famílias funcionavam com a chefia do pai, eles eram chefes. Avós ficavam na retaguarda, mas muito mais perto dos filhos e netos. A educação das crianças é um papel que corresponde aos pais. Eles devem assumir esse cargo.

Os avós têm que entender que podem conversar com os filhos, mas a palavra final é dos pais. Isso se atrela a um conceito muito comum da sociedade, que diz que os avôs estragam os netos. Mas os avós não podem educar. O que se observa ainda é que casais jovens têm que aceitar essa intromissão dentro do lar, determinando o que está certo e o que está errado, qual escola o neto deve estudar. Porém, isso é muito ruim”, diz Leonardo.

Muitos avós de hoje podem achar que os modelos atuais de educação são errados, entretanto, eles são apenas diferentes. Segundo o especialista, “temos tendência de pensar que nossa época era melhor, mas eram simplesmente são diferentes. Não se pode manter a antiga cisão entre velho e novo. Gosto de citar um dito chinês que diz: ‘Cabe aos avós mostrar onde existem das montanhas, mas cabe aos pais levá-los ao pico’. O que queremos mostrar é que eles mostram aos netos da onde eles vêm, mas pra onde vão, depende dos pais. Passado e futuro se fundem no presente”.(+de50)






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